Quais indicadores devem melhorar, quais devem piorar e quais não devem ser afetados? (dólar, geração de emprego, etc.) #RicardoResponde

Infelizmente, em 2015, a piora de indicadores será generalizada. Teremos elevação da inflação, dos juros, do dólar e do desemprego. Só quem cairá será o PIB.
 
Os ajustes necessários são dolorosos. Como um doente que tem câncer e precisa passar por uma quimioterapia, antes de nos sentirmos melhor, vamos nos sentir ainda pior do que antes por conta dos efeitos colaterais do tratamento. A questão é que se o tratamento não for feito, o doente morre.
 
A inflação, por exemplo, não está apenas elevada, está grávida. O dragãozinho dos preços controlados pelo governo nasce agora, após as eleições. Há anos, os preços de ônibus, metrô, gasolina, energia elétrica e outros têm sido represados para conter a inflação e as manifestações de rua. Estes preços terão de ser realinhados para evitar o colapso dos serviços e contas públicas.
 
Só a diferença entre o preço internacional do petróleo e os preços nacionais de seus derivados custava à Petrobrás mais de R$ 40 bilhões anuais até o ano passado. A utilização de usinas termoelétricas para geração de energia elétrica custará de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões só neste ano. Os reajustes pressionarão a inflação, forçando o Banco Central a aumentar ainda mais os juros, que já estão no nível mais alto desde 2011, limitando o crédito e reduzindo o crescimento econômico. Ainda assim, a inflação deve se manter elevada, provavelmente permanecendo próxima a 7% e, possivelmente, chegando até a casa dos 8% no caso do IPCA.
 
 

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