Economista Ricardo Amorim ressalta liderança brasileira em energia em palestra para ABRAFATI.

Abrafati

11/2010

FÓRUM ABRAFATI MOSTRA VISÃO OTIMISTA EM RELAÇÃO AO FUTURO DA CADEIA DE TINTAS
 
Especialistas e executivos do setor preveem crescimento sustentado.
Debatendo as oportunidades e obstáculos para o crescimento, o 5º Fórum ABRAFATI realizou-se no último dia 24/11, em São Paulo, com a presença de cerca de 150 empresários, executivos e lideranças da cadeia de tintas.
Os cinco palestrantes e o público presente mostraram confiança na continuidade do desenvolvimento do setor nos próximos anos, destacando as perspectivas existentes e fazendo um alerta em relação aos aspectos que exigem atenção. O balanço de 2010 mostrou um crescimento superior a 10%, superando as previsões anteriores.
Dilson Ferreira, presidente-executivo da ABRAFATI – Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas, elencou fatores positivos como a estabilidade política e econômica, a necessidade de vultosos investimentos em infraestrutura e a continuidade do crescimento da construção civil e da indústria automobilística. E relembrou a ocorrência, nos próximos anos, de três grandes eventos indutores de investimentos. “A Copa, as Olimpíadas e o Bicentenário da Independência em 2022 são três grandes oportunidades para proporcionar mais visibilidade internacional ao País, reforçando o interesse atualmente existente”, afirmou.
Com uma visão otimista, o economista e consultor Ricardo Amorim ressaltou as mudanças no centro de gravidade da economia mundial, que colocaram o Brasil em posição mais favorável. Entre os motivos para o entusiasmo está a posição de liderança mundial do País para fornecer energia, tanto de petróleo, como do etanol e de hidrelétricas. O potencial do agronegócio e a continuação da expansão do consumo, com mais 30 ou 40 milhões de pessoas ingressando no mercado, são outros destaques. “Há problemas imensos que precisam ser resolvidos ou compensados. Câmbio, custos trabalhistas, gastos públicos são exemplos. Mas o Brasil está praticamente condenado a dar certo. No mínimo vamos crescer 5% ao ano”, previu.
Membro do Conselho de Administração do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), Flávio Del Soldato destacou que em 2015 o Brasil estará muito próximo de produzir 4,5 milhões de veículos e o Mercosul deverá alcançar 5,5 milhões. “Estamos com um mercado robusto, mas temos que considerar o aspecto da competitividade do país”, advertiu. “Não podemos ficar desatentos às condições e aos riscos existentes, apesar de termos hoje uma fotografia bonita. Temos de investir em qualificação da mão de obra, em tecnologia e em redução de custos, o que inclui o custo Brasil”.
Por sua vez, Cláudio Conz, presidente da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção), afirmou estar confiante com as perspectivas para os próximos anos, depois de um crescimento de 11% nas vendas de materiais de construção no varejo este ano. A ótima interação entre o governo e o setor de construção vem dando resultado e deve continuar, segundo ele, garantindo o investimento em habitação, infraestrutura e saneamento. “É fácil falar com o governo quando se tem propostas consistentes e com bases sólidas”, explicou. E destacou uma transformação que já está em curso: “Vamos migrar para um varejo que agregue serviços, como a pintura. O consumidor quer comprar a casa pintada e não apenas a tinta. Essa é uma tendência no exterior, que vai começar a chegar aqui”.
Balanço favorável
No encerramento, o presidente do Conselho Diretivo da ABRAFATI, Antonio Carlos de Oliveira, fez um balanço de cada um dos segmentos que fazem parte da indústria de tintas, apresentou novas previsões para os resultados de 2010 e comentou as perspectivas para o próximo ano.  “Com o crescimento de 10,3% previsto para este ano e de 6,7% para 2011, estamos nos aproximando da significativa marca de 1,5 bilhão de litros de tintas produzidos anualmente”, afirmou, ressaltando que, desta vez, estamos em um ciclo de crescimento que deverá durar muitos anos.
A pesquisa realizada com os participantes, no início e no final do Fórum, confirmou o otimismo em relação a 2011: a média de crescimento prevista para o PIB ficou em 5,7% enquanto se espera que o setor cresça 7,5%.

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