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Ricardo Amorim aponta IA como essencial para a empresa seguir relevante no mercado

Economista fala sobre a inteligência artificial e seu potencial transformador em diversos setores da sociedade

05/2023

InfoMoney

Por Ana Medici, apresentadora do Trilha da Inovação

Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) tem se estabelecido como uma das tecnologias mais disruptivas e promissoras em diversos setores. Para discutir as perspectivas da IA e seu impacto no cenário brasileiro, conversamos com Ricardo Amorim, um dos principais influenciadores de economia do Brasil e especialista em investimentos, durante o Web Summit, em mais um Trilha da Inovação. O evento de inovação é considerado um dos mais importantes do mundo e foi realizado no Rio de Janeiro, no início de maio.

Ricardo Amorim destaca que a IA é uma das maiores revoluções que a humanidade já presenciou. Ele tem acompanhado o desenvolvimento dessa tecnologia há bastante tempo e ressalta seu potencial transformador. Com a capacidade de processar grandes volumes de dados e aprender com eles, a IA vem trazendo mudanças significativas em todos os setores da economia.

Um fator essencial para impulsionar o avanço da IA é a disponibilidade de dados. Nos últimos anos, houve uma explosão na quantidade de dados gerados, impulsionada pela migração para o mundo digital. Segundo Amorim, somente no primeiro trimestre deste ano, foram gerados mais dados do que em toda a história até o século XX. Essa disponibilidade de dados combinada com o aumento da capacidade computacional tem impulsionado o desenvolvimento e a aplicação da IA em diversos setores.

No contexto empresarial, a IA tem transformado a forma como as empresas operam e se relacionam com seus clientes. A capacidade de análise de dados e o aprendizado automático permitem que as empresas tomem decisões mais embasadas, identifiquem padrões e tendências, e ofereçam soluções mais personalizadas aos clientes. Além disso, a IA também está impulsionando a automação de processos, otimizando a eficiência operacional e reduzindo custos.

No entanto, Amorim ressalta que a adoção da IA não se limita apenas às grandes empresas. Startups têm um papel fundamental nesse cenário, pois geralmente têm a cultura da mudança e da inovação enraizada em seu DNA. Ele acredita que as startups têm uma vantagem competitiva nesse contexto, pois podem adaptar-se mais rapidamente às transformações trazidas pela IA e desafiar gigantes estabelecidos em curto prazo.

Para os empreendedores que desejam explorar o potencial da IA, Amorim aconselha a ter uma estratégia clara de transformação digital. Ele enfatiza que a IA não é mais uma opção, mas uma necessidade para as empresas que desejam se manter relevantes no mercado. Além disso, ele destaca a importância de compreender o potencial da IA em seu setor específico e buscar parcerias com especialistas e empresas de tecnologia.

É justamente essa a estratégia da STRM, startup que é pioneira no conceito de music fintech e utiliza algoritmos de IA para analisar o desempenho de artistas em plataformas como Spotify, Deezer, YouTube, TikTok, Instagram, Twitter e rádios. Ao enxergar os artistas como um mercado de ações, a Stream fornece adiantamentos de carreira com base nas análises de dados realizadas pela plataforma.

Fefa Moreira, diretora artística e sócia da STRM, enfatiza que a pandemia da COVID-19 impulsionou ainda mais a necessidade de os artistas entenderem seus negócios no ambiente digital, e a STRM se tornou a maior plataforma de análise artística do mundo. Através de parcerias com grandes players do mercado e a oferta de ferramentas avançadas, como análise de áudio, a startup revolucionou a forma como os lançamentos musicais são planejados, fornecendo insights baseados em dados para otimizar o sucesso dos artistas.

A Qualibest, outra empresa que participou do Web Summit do Rio, também investe no desenvolvimento da IA. Fundada no ano 2000, a Qualibest foi uma das primeiras a oferecer pesquisas de opinião na internet. A empresa desenvolveu uma plataforma que incentiva a participação dos usuários por meio de gamificação, oferecendo prêmios e pontos que podem ser trocados por diversos produtos.

De acordo com Daniela Daud Malouf, sócia fundadora da Qualibest, a empresa utiliza algoritmos de IA para criar experiências personalizadas, incentivar a participação dos usuários e fornecer insights valiosos para seus clientes.

Com uma base de mais de 300 mil pessoas cadastradas, a Qualibest oferece recompensas e pontos de gamificação aos participantes, incentivando seu engajamento nas pesquisas. Ao aplicar IA em seus processos, a startup reduz custos e oferece resultados rápidos, permitindo que as empresas tenham acesso a dados relevantes de forma ágil e eficaz.

Ao utilizar a IA como base para suas soluções, tanto a Stream quanto a Qualibest estão revolucionando seus respectivos mercados. A capacidade de analisar grandes volumes de dados, fornecer insights valiosos e personalizar experiências de forma escalável é o que torna essas startups tão inovadoras e promissoras.

 
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