17/01/12
Por Lana Motta
Economista afirma que chegou a vez de o “Brasil dar certo”.
Durante palestra em Mato Grosso, Ricardo Amorim destaca cenários e perspectivas positivos para o país nos próximos anos.
Cuiabá – “A gente não conhece o Brasil que dá certo”. Essa foi a expressão usada pelo economista Ricardo Amorim para justificar o clima positivo que marcou sua apresentação durante a abertura dos trabalhos do Sebrae em Mato Grosso este ano. O evento SIM 2012 – Sustentabilidade, Inovação e Mercado começou na segunda-feira (16) em Cuiabá, e segue até esta terça-feira (17).
O superintendente do Sebrae em Mato Grosso, José Guilherme Barbosa Ribeiro, destacou aspectos que exigem atenção em 2012. “Vivemos num mundo altamente complexo. As micro e pequenas empresas terão que estar em perfeita sintonia com seus clientes”, pontuou. “A gestão vai necessitar de líderes cada vez mais criativos e aptos a motivar e criar ambientes nos quais as ideias fluam com muita velocidade”, assinalou.
A diretora Leide Katayama considerou que 2012 será um ano de consolidação do papel do Sebrae junto às micro e pequenas empresas (MPE). “As MPE têm dificuldades em lidar com os obstáculos do dia a dia. Aí entra o Sebrae, para atender às necessidades desses clientes”, disse.
A vez do Brasil
Para Ricardo Amorim, o Brasil está “condenado” a crescer. Ele abriu a apresentação explicando o fenômeno de uma “pororoca chamada China”, que causou inversão no comportamento da economia mundial, com efeitos favoráveis ao Brasil. Mesmo acreditando que a crise europeia ainda não atingiu seus limites, Amorim defendeu que “chegou a vez de o Brasil dar certo”.
O palestrante afirmou que o principal produto de exportação da Europa nos próximos anos “será a própria crise”, além dos artigos tradicionais. “Os consumidores europeus, americanos e japoneses estão com a corda no pescoço, endividados. Quem tem emprego fica com medo de perder e não gasta”, comentou.
Amorim destacou o aumento do consumo no Brasil. Ressaltou que 45 milhões de pessoas no país saíram das classes “D” e “E” e ingressaram na classe média, que hoje reúne mais de 100 milhões de pessoas. Ele lembrou que companhias nacionais adquiriram importância nas grandes fusões corporativas. “Antes as empresas brasileiras eram sempre compradas pelas estrangeiras. Agora é o mercado brasileiro que está comprando as estrangeiras”, observou.