Ricardo Amorim ressalta em palestra oportunidades em infraestrutura.

Portal IG
12/04/2012
Por Mariana Sant´Anna

 
 
Brasil terá infraestrutura de primeiro mundo em dez anos, diz economista
 
Em evento promovido pelo Itaú-Unibanco, o economista Ricardo Amorim defendeu que os grandes eventos esportivos vão impulsionar os investimentos no País
A Copa do Mundo e as Olimpíadas trarão uma grande oportunidade para as pequenas e médias empresas e vão impulsionar a infraestrutura de todo o País. A afirmação foi feita pelo economista Ricardo Amorim durante evento promovido pelo Itaú-unibanco no Rio para debater as oportunidades de negócios para pequenas e médias empresas geradas pela Copa do Mundo de 2014.
 
“Em dez anos, o Brasil vai ter infraestrutura de primeiro mundo”, disse o economista. “Eu sei que é difícil de acreditar, mas podem vir cobrar de mim.” 
Ele defendeu que esse movimento vai acontecer porque o País vai receber uma grande onda de investimentos externos nos próximos anos. “Vai chover dinheiro em infraestrutura aqui, vejam a oportunidade para vocês”, ele disse a um público de pequenos e médios empresários.
 
Amorim citou a visita da presidenta Dilma Rousseff ao presidente americano Barack Obama, que acontece nesta semana, como um canal para que mais investimentos cheguem ao Brasil. “As empresas americanas querem investir onde há oportunidade de crescimento da economia, como é o caso do Brasil”, disse.
 
Na mesma linha foi a opinião de Ruy Cesar, secretário municipal especial para a Copa. Ele afirmou que as três esferas de governo decidissem acelerar seus investimentos. “Temos uma agenda de grandes eventos fechada até 2019, começando com a Rio+20. Todos esses eventos fizeram com que o governo acelere os investimentos na infraestrutura para transportes, turismo, sustentabilidade e esporte”, afirmou o secretário.
 
Segundo ele, os investimentos, especialmente em transportes, com vias, linhas de metrô e corredores de ônibus, vão trazer oportunidades para o comércio. “A Copa é um grande evento, sim, mas foi a oportunidade que o País teve para criar seu novo desenvolvimento econômico e social”, disse.
 
Mas o especialista Ricardo Azevedo, autor do livro “O Brasil e a Copa do Mundo”, ponderou que os grandes eventos esportivos não são um “remédio para todos os males.”
 
“É preciso criar uma estratégia para que os benefícios sejam duradouros, essa é a grande tarefa neste momento”, disse, referindo-se principalmente ao preparo que as empresas devem fazer para tirar maior proveito dos eventos. “As oportunidades [de negócios] só serão sustentáveis se forem criadas estratégias. Elas são muito boas para nós, mas também são para nossos concorrentes”, afirmou.

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