Economista Ricardo Amorim: "Teremos todos os ônus da Copa, mas não os bônus."

06/2014

Revista RI

Por Isabella Abreu

 

Mais que um acontecimento esportivo, a Copa do Mundo é também um evento econômico. Competições esportivas dessa natureza costumam produzir efeitos relevantes sobre a economia do país e as cidades-sede, movimentando muito mais que camisas e bandeiras.

 
Muitas metodologias vêm sendo utilizadas para mensurar os impactos antes e depois da realização de megaeventos esportivos. Em geral, os resultados tendem a ser menos espetaculares na análise retrospectiva, que tem como base os fatos, do que na avaliação prévia, que trata de perspectivas. Em outras palavras, na sua maioria estes megaeventos são planejados com euforia e otimismo, mas seu retorno efetivo não costuma ser tão animador.
 
Segundo o economista Ricardo Amorim, sócio da Ricam Consultoria, o legado da Copa será muito menor do que poderia ser. “Infelizmente, o Brasil terá todos os ônus geralmente associados a sediar uma Copa, mas não todos os bônus. Por falta de planejamento, os investimentos em infraestrutura, que poderiam ser financiados no mercado de capitais ficaram muito aquém do que se esperava”, lamenta.  Além disso, Amorim acredita que os impactos positivos em turismo e comércio exterior durante e depois da Copa devem ser menores do que os usuais em função de preocupações com a segurança e as manifestações.
 
Veja a entrevista clicando aqui
 
 

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