Foquem em clientes em setores e regiões que terão desempenho melhor. Por exemplo, as expectativas para os setores de comércio e serviços são bem piores do que eram até 2012, mas bem melhores do que para a indústria. A desaceleração econômica tem atingido todos os setores e em 2015 não deve ser diferente, mas ao contrário da indústria que sofre concorrência direta com produtos estrangeiros, boa parte dos setores de serviços e comércio está blindada da concorrência externa e, por isso, tem um desempenho melhor. Exatamente por isso, desde 2004, em todos os anos sem exceções, o crescimento dos setores de comércio e serviços foi maior do que o da indústria e em 2015, não deve ser diferente.
Da mesma forma, o interior dos estados tem crescido mais do que as capitais há mais de 10 anos em função do bom desempenho do agronegócio e isto se repetirá em 2015. Também pelo impacto positivo do agronegócio na economia da região como um todo, a região Centro-Oeste é a que mais cresce no país há mais de uma década, seguida pelas regiões Norte – favoravelmente impactada pela expansão da fronteira agrícola, grandes projetos de mineração e programas de distribuição de renda do governo – e Nordeste – primordialmente devido ao impacto gerador de renda do Bolsa-Família. Estas três regiões terão um desempenho melhor do que o PIB brasileiro também em 2015, enquanto as regiões Sul e Sudeste, mais industrializadas, provavelmente terão um desempenho ainda mais fraco do que o do PIB.
Ricardo Amorim projeta economia brasileira para os próximos anos
04/2024 Blog do Prisco A primeira manhã de trabalhos do Encontro Nacional das Empresas de Asseio e Conservação 2024 foi marcada por palestras sobre economia