Ricardo Amorim fala sobre como crescer na crise

 

03/2016

ABF News

RICARDOAMORIM58 creditos ao fotografo Ricardo Correa

 
O economista é um dos painelistas do 3° Congresso Internacional de Franchising ABF, que acontece em Abril, em São Paulo.
 
A terceira edição do Congresso Internacional de Franchising acontecerá no dia 14 de Abril, no WTC, em São Paulo, e um dos nomes em peso já confirmados é o do economista Ricardo Amorim. Em um período de intensos desafios econômicos, o especialista acende algumas luzes que permitem enxergar grandes oportunidades de crescimento dos negócios. “Se crise fosse bom, não teria esse nome. Mas é justamente por ser desagradável que ela nos tira da nossa zona de conforto e pode nos levar a fazermos algo novo, diferente e melhor, o que por sua vez vai ter a médio e longo prazo impactos muito positivos”, explica. Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista que Amorim concedeu ao ABF News.
 
Como os pequenos e médios empresários podem enxergar oportunidades em meio à crise brasileira?
 
A crise econômica força todos a se reinventarem e é aí que está a oportunidade. No caso especifico do governo, foi a crise moral que fez com que o Ministério Público conseguisse mais de um milhão e meio de assinaturas apoiando o projeto para endurecer leis de combate à corrupção. Na caso de pequenos e médios empresários acontece a mesma coisa; a crise força todos a encontrarem formas de fazer mais com menos e é isso o que estimula a inovação. Por exemplo, o primeiro supermercado nasceu da crise de 1929. Fundamentalmente, o que a crise exige, é respostas novas e melhores. Aqueles que conseguem fazer isso, transformam efetivamente a crise em oportunidade.
 
É possível passar por esse período com menos perdas? Quais as melhores práticas?
 
Muito mais do que perdas, é possível passar pela crise com grandes ganhos. Isso em função de  inovações ou de aproveitar situações que só a crise permite. Por exemplo, melhorar a qualidade da equipe que você trabalha enquanto a economia está aquecida é muito mais complicado; porque quando a empresa investe em qualificação, ela está sujeita a que seu funcionário receba a oferta de um concorrente e vá embora. Agora é mais difícil isso acontecer.
 
Como se preparar para um possível agravamento do cenário, sem perder em qualidade de atendimento ao consumidor?
 
A primeira coisa é melhorando produtos, processos e serviços, pensando o que seu cliente gostaria e que hoje você não faz. Em outras palavras. precisa se diferenciar da concorrência. Os consumidores estão mais insatisfeitos, como toda a população. Durante o período de crise, e nessa hora ter a capacidade de deixá-lo mais satisfeitos, não só com o produto ou serviço, mas com o atendimento que ele recebe, faz mais diferença do que nunca.
 
De que forma o empreendedor pode estimular sua equipe para trazer mais resultados neste momento?
 
Mais do que nunca, o empreendedor e os funcionários, na prática. são sócios. Em um momento econômico mais complicado, a diferença entre um desempenho melhor e um pior, muitas vezes significa a sobrevivência da empresa e implica que o funcionário vai ficar sem emprego. Então, é bastante importante eles entenderem que a necessidade de entrega aumenta no momento de crise. Isso significa esforço, criatividade, dedicação, mas também oportunidade, porque a contrapartida é que, ao se tornar mais importante para a empresa, o funcionário deve esperar, mesmo que a longo prazo, um reconhecimento maior em todos os sentidos, inclusive financeiro. Se não acontecer na própria empresa. esse caso de sucesso que levou a companhia a ter um resultado melhor, vai ser valorizado por um concorrente.
 
 

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