Por que a retomada da economia brasileira deve vir mais forte do que o esperado, segundo Ricardo Amorim

10/2016

Gazeta do Povo

Por Fábio Cherubini

 
Economista Ricardo Amorim durante palestra sobre Finanças Pessoais

Foto: Jonathan Campos

 

Para o economista Ricardo Amorim, a retomada da economia brasileira deve vir mais forte do que o esperado. Sem quantificar esse crescimento em números, o analista e um dos debatedores do Manhattan Connection, da Globo News, conduziu uma palestra de pouco mais de duas horas em Curitiba sobre o cenário brasileiro e as perspectivas para os investidores. O evento foi uma promoção da cooperativa de crédito Unicred em parceria com a Gazeta do Povo.

 

Em sua fala, Amorim ressaltou o caráter cíclico da economia e disse que as medidas de ajuste fiscal esperadas pelo governo de Michel Temer devem aumentar a confiança do setor produtivo e dos consumidores além de ampliar o crédito, o que reanimará o cenário já a partir de 2017.

 

Entretanto, os riscos trazidos pelos movimentos da economia dos Estados Unidos, que podem aumentar os juros ainda neste ano, de um possível aumento da instabilidade na Europa, com uma eventual saída da Itália da União Europeia, e do setor imobiliário chinês, que segundo o economista vive a iminência de uma bolha, fazem com que os investidores procurem pela diversificação. “Você não pode colocar todos os ovos numa mesma cesta”, reforçou.

 

Ativos em alta

 

Entre os ativos que devem apresentar os melhores resultados, Amorim destacou os imóveis e os fundos imobiliários, que irão se beneficiar com a ampliação do crédito, além da renda fixa e do mercado de ações.

 

Para ele, o câmbio deve seguir uma trajetória de queda e reduzir a inflação, que por sua vez acarretará numa queda mais acentuada dos juros e melhorará os níveis de emprego e de consumo. “As oportunidades surgem para quem enxerga antes”, avalia.

 

Na opinião de Amorim, a elevação da oferta de crédito irá beneficiar principalmente os setores automobilístico e imobiliário, que demandam valores maiores e prazos mais longos. Mas a oferta não deverá vir dos bancos estatais, e sim das instituições privadas e cooperativas de crédito.

 
 

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