03/2018
Por Artur Luiz Andrade
Se o ritmo da economia brasileira for igual ao cambaleante 2017, cresceremos 4% em 2018, mas o economista e consultor Ricardo Amorim acredita que esse índice ainda pode ser maior. Para ele, que fez uma palestra para integrantes da indústria de Turismo durante o jantar da Elo, ontem à noite, no A Figueira Rubaiyat, em São Paulo, salvo uma grande crise política ou uma nova crise externa, como a de 2008, a economia brasileira iniciou um ciclo de crescimento bem acelerado. E se tudo der mais certo ainda, o próximo ciclo de desaceleração econômica não será tão profundo quanto os anos Dilma, que, segundo ele, são tão (negativamente) simbólicos para a história do Brasil quanto o Plano Collor. Curiosamente, os dois presidentes sofreram impeachment similares (a política agindo em prol da economia ruim).
Essa fase, a de retomada do crescimento maior que a expectativa dos especialistas, é, de acordo com Amorim, a melhor fase para as oportunidades. Portanto, nada de esperar o ápice do ciclo virtuoso para investir em novos negócios ou transformações. A hora é agora. Até porque os países emergentes continuarão contribuindo mais com a economia mundial, e o Brasil, de “volta à festa”, ganhará de 30 a 35 milhões de integrantes da classe média nos próximos dez anos, além de continuar como um dos trunfos mundiais no agrobusiness. Para dar errado, só mesmo uma grande bomba, o que, no nosso caso, já estamos até acostumados.
Amorim também falou das próximas eleições, em que aposta em um candidato de centro-direita, que não vá mudar muito os rumos da economia. Quem poderia mudar a estratégia econômica, opções de esquerda ou ultra-direita, para ele, não têm chance de ganhar as eleições. Mais uma vez… é preciso estar atento a surpresas. Um ano antes das últimas eleições americanas o nome de Donald Trump era alvo de risos. O resultado já sabemos. E entrou para a história.