Economista Ricardo Amorim analisa oportunidades para empresários em palestra em Goiás.

Portal A redação
02/2012
Por Marina Morena

Para falar sobre os cenários econômicos, especialmente para micro e pequenos empresários, o economista Ricardo Amorim veio a Goiânia, nesta terça-feira (31/1) a convite do Sebrae. Conhecido por ser um dos apresentadores do programa “Manhattan Connection”, do canal Globo News, e colunista da revista Istoé, Amorim, que atua há 20 anos no mercado financeiro internacional, é famoso por antecipar previsões de crises econômicas no Brasil e no mundo todo. Entre elas, a crise elétrica brasileira de 2001, a imobiliária americana de 2008 e a europeia de 2010.
Em entrevista ao A Redação, o economista ressaltou que a crise que atinge principalmente a Europa neste momento é capaz de diminir as expectativas que o governo brasileiro tem sobre o crescimento do país até o final do ano, na casa dos 4%. Para ele, a previsão dos economistas, de 3,3%, seria a mais real. Mas, ainda assim, Ricardo prevê que 2013 será um ano com possíveis recordes em crescimento, acentuado ainda mais em 2014, em decorrência da Copa do Mundo, sediada no Brasil.
Para Goiás, estado que teve acelerado crescimento e elevação no ranking dos estados brasileiros em 2011, as previsões tendem a ser boas. Segundo Amorim, o agronegócio, que rege grande parte do mercado local, é um setor que sofre com os abalos econômicos pelas quedas de produção e, consequente, queda de preços. No entanto, o agronegócio é também um mercado que tende a ser valorizado cada vez mais e o Brasil deve seguir a alavancada dos países como a China e a Índia, que avançam com grande poder econômico pelo forte mercado produtor e pelo consumismo.
Recomendações
O conselho que o economista dá aos micro e pequenos empresários é ter cautela e conservadorismo com os investimentos em 2012. Os financiamentos devem ser feitos por períodos mais longos, para que os frutos de um melhor cenário econômico sejam colhidos futuramente. O momento seria de apostas em setores internos, ou seja, no que é produzido e consumido no Brasil.
Varejo, telecomunicações e serviços tendem a sofrer menos com as crises e, por isso, podem ser melhor aproveitados neste ano. Já a área de imóveis e automóveis, por exemplo, que apesar de terem um ótima expectativa a longo prazo, sofrem mais com as consequências imediatas da recessão econômica, ficando como opções de investimentos futuros.
Segundo Ricardo Amorim, um setor que só tende a crescer é o de serviços e opções voltadas para a terceira idade, especialmente ao que se refere aos segmentos da saúde, já que o país segue a tendência dos países de primeiro mundo em alargar o pico da pirâmide demográfica e estreitar a base.
Sustentabilidade
O tema ambiental não poderia ficar de fora das previsões e oportunidades na economia brasileira. “O brasileiro precisa aprender a ver mais oportunidades no setor de sustentabilidade e o Brasil já está atrasado neste campo”, recomenda o economista. Ele cita o exemplo das sacolas de plástico que estão sendo retiradas dos supermercados neste início do ano em vários estados, o que é uma tendência mundial. “Tirar as sacolas de circulação deve significar abrir portas para novas possibilidades”, ensina Amorim.

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