07/2025
Por Ricardo Amorim
O segundo mandato de Donald Trump começou como um terremoto político, que está causando vários tsunamis econômicos. Neste início de mandato, vimos confrontos internos e externos com potencial de redesenhar não só a economia americana, mas toda a ordem geopolítica global. Elon Musk virou símbolo dessa nova era, ao liderar, por apenas alguns meses, o “Departamento de Eficiência Governamental”, fechando agências inteiras com uma “motosserra” metafórica.
As IAs já estão entre nós. Elas não andam, não são visíveis, mas pensam e argumentam. E melhor do que a grande maioria dos humanos.
Recentemente, um grupo de pesquisadores suíços fez um experimento que parece saído de um filme de espionagem. Eles invadiram um fórum do Reddit — famoso por discussões intensas e desafiadoras — com contas automatizadas de inteligência artificial. O objetivo? Descobrir se essas IAs seriam capazes de passar despercebidas e convencer pessoas reais a mudarem de opinião.
O resultado foi impactante, para não dizer alarmante: não só ninguém desconfiou que estava discutindo com bots, mas os bots foram 6 vezes mais eficazes que humanos em fazer outros humanos mudarem de opinião.
No experimento, foram testados três tipos de bots:
- Genéricos, que respondiam com base apenas no conteúdo do post.
- Personalizados, que sabiam localização, tendências políticas e estilo do autor original.
- Alinhados com a comunidade, que imitavam o “jeito de falar” mais aceito pelo grupo.
Os resultados foram impressionantes.
- Os bots genéricos convenceram 17% das pessoas a mudarem de ideia.
- Os personalizados, 18%.
- Os que imitavam a comunidade, 9%.
- A média dos humanos? Apenas 3%.
Esses bots ficaram 4 meses no ar e ninguém percebeu. Todos os bots foram bem mais convincentes do que os humanos. O menos convincente entre eles foi o que “imitava” o jeito dos humanos. Um dos bots chegou ao top 1% dos usuários mais influentes do Reddit.
Se um grupo de pós-graduandos, com orçamento limitado, conseguiu esse nível de influência usando IA… imagine o que empresas, governos e organizações com milhões, bilhões e, em alguns casos, até trilhões de orçamento já estão fazendo ou podem fazer nas redes sociais para influenciar suas decisões políticas ou de consumo, por exemplo.
Com eleições se aproximando em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, é mais importante do que nunca estarmos atentos para possíveis manipulações.
Mas aí vem um ponto chave: esses bots não usaram nenhuma fake news para convencer ninguém. Não houve nenhuma mentira, nem nenhum apelo emocional barato. Eles convenceram com lógica, dados e argumentos melhores. A vitória da razão.
Aí é que está a grande oportunidade. Se bots conseguiram tanto sucesso com bons argumentos, se a IA for bem usada, ela tem o potencial de melhorar a qualidade da discussão, ao contrário do que muitos temem.
Em resumo, é hora de você aliar, de forma ética:
- Inteligência Artificial + Inteligência Humana
- Tecnologia + Estratégia
- Informação + Intenção
Se precisar de inspiração e de exemplos práticos de como fazer isso, não deixe de assinar meu canal de YouTube e conferir cada um dos episódios do metamorfoseZ, o programa que criei para mostrar, na prática, como isso já está sendo feito.
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Ricardo Amorim, autor do bestseller Depois da Tempestade, o economista mais influente do Brasil segundo a revista Forbes, o brasileiro mais influente no LinkedIn, único brasileiro entre os melhores palestrantes mundiais do Speakers Corner, ganhador do prêmio Os + Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças, presidente da Ricam Consultoria e cofundador da Smartrips.co.
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