Brasil em Código
02/05/2012
Reconhecidamente focado em negócios e economia global, o economista e mediador do Brasil em Código Ricardo Amorim atesta: o cenário brasileiro atual está favorável para investimentos em novas tecnologias e processos de automação. “A parcela dos investimentos destinados à automação vem crescendo e deve continuar a crescer”, confirmou o presidente da Ricam Consultoria nesta entrevista exclusiva.
Com base em seus estudos e análises, Amorim adianta um pouco do que será discutido no Brasil em Código – Conferência Internacional da GS1 Brasil sobre Automação e Logística que acontece em São Paulo no dia 14 de junho.
Confira a entrevista na íntegra.
Como você enxerga o investimento em automação no Brasil nos últimos anos?
Ricardo Amorim: O Brasil era um país onde máquinas eram caras e trabalhadores eram baratos. Por consequência, os incentivos à automação eram baixos. Esta realidade mudou nos últimos anos. A falta de trabalhadores qualificados levou a uma elevação de salários, enquanto a queda do dólar e a competição com as máquinas chinesas baratearam equipamentos. Este movimento vai continuar e o grau de automação da economia brasileira crescerá muito nesta década.
Qual a importância de um evento como o Brasil em Código para empresas e para o país?
RA: Conhecimento é o que permite a tomada de decisões corretas e o que separa ganhadores de perdedores em qualquer área. Eventos como esse disseminam conhecimento, permitindo que seus participantes tomem decisões mais embasadas.
Há setores que podem se beneficiar mais das novas tecnologias de automação (RFID, QRCode, etc) do que outros?
RA: Certamente, os impactos serão distintos dependendo dos setores. Em alguns, como o varejo, as possibilidades são óbvias, mas a criatividade no uso da tecnologia é o que determinará os setores mais impactados e, mais importante, as empresas que se beneficiarão destas tecnologias em cada setor.
Nos dias de hoje, você acredita numa sinergia entre indústria e varejo na questão da automação?
RA: Em alguns casos, a sinergia é natural. Em outros, indústria e varejo têm interesses opostos na questão de automação. O segredo é explorar os casos em que o interesse é mútuo.
Economicamente, o Brasil de hoje tem potencial para desenvolver soluções em automação que sirvam de referência para o mundo?
RA: O mercado brasileiro cresceu e ganhou escala, o que permite que isto possa acontecer.
No que gestores e líderes devem apostar em curto e médio prazo para que suas empresas inovem tecnologicamente e ainda obtenham rentabilidade compatível com o investimento?
RA: Não basta inovar. A inovação tem de ter sentido econômico-financeiro; isto é, tem de trazer um ganho de eficiência que mais do que pague o investimento ao longo do tempo.
O cenário econômico brasileiro atual está favorável para investimentos em novas tecnologias e processos de automação?
RA: Sem dúvida nenhuma, há muito tempo as empresas, brasileiras ou estrangeiras, não investiam tanto no país de uma forma geral e a parcela dos investimentos destinados a automação vem crescendo e deve continuar a crescer.
Continue essa conversa no Brasil em Código – Conferência Internacional da GS1 Brasil sobre Automação e Logística. Faça sua pré-inscrição gratuitamente aqui!