05/2021
Por Egídio Serpa
O economista Ricardo Amorim, que falou ontem para industriais cearenses, citou o Observatório da Indústria, da Fiec, como plataforma importante para gerar dados à tomada de decisões.
Da rica palestra do economista Ricardo Amorim, que falou ontem, por vídeo conferência, para os empresários da indústria – um evento promovido pela Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), esta coluna pinçou algumas constatações do orador.
A primeira é a de que o Ceará dispõe hoje de uma vantagem competitiva no crescente e muito disputado mercado das energias renováveis, pois tem, em abundância, uma dádiva divina: o sol e o vento, que geram, gratuitamente, energia solar fotovoltaica e eólica, duas das fontes mais limpas do mundo sob o ponto de vista ambiental.
A segunda constatação de Ricardo Amorim é, igualmente, tão verdadeira quanto a primeira: o Ceará tem, também, vantagem competitiva na área da fruticultura, pois sua geografia se localiza numa região de alto índice de insolação, facilitando a cultura de frutas tropicais que gostam mais de sol do que de chuva.
Muito bem informado sobre a economia cearense e sobre os investimentos que as empresas estão a fazer aqui na aquisição e no desenvolvimento de novas tecnologias nas áreas da indústria, da agricultura, da pecuária e das energias renováveis, Amorim renovou sua aposta no futuro próximo do Ceará.
Ele ouviu do seu anfitrião, o presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, a informação de que, dentro de cinco anos, o Ceará sediará um hub de produção de hidrogênio verde que mudará o perfil de sua economia e dobrará o tamanho do seu PIB, o que exigirá pesado investimento de uma empresa privada australiana, a Enegix Energy.
Entusiasmado pela informação, Ricardo Amorim sugeriu que o Ceará “capitaneie essa revolução nas energias renováveis”, incentivando a Geração Distribuída solar fotovoltaica e estimulando as pessoas, nas cidades e no campo, a produzir sua própria energia, consumindo-a e injetando-a na rede de distribuição.
Em seguida, e finalizando sua palestra, Amorim elogiou a Fiec e o seu Observatório da Indústria, ressaltado que a Indústria 4.0 depende hoje e dependerá amanhã de dados atualizados para a melhor análise e a correta tomada de decisão pelas empresas, e também neste setor o Ceará está na dianteira.