03/2017
Centenas de empresários do setor da construção civil e seus fornecedores reuniram-se em grande plateia para ouvir as previsões do economista e apresentador do Manhattan Conection Ricardo Amorim na Expo Revestir 2017, em São Paulo. A palestra que marcou os 15 anos da feira foi um compilado das razões que trouxeram a economia brasileira aos patamares negativos da atualidade, mas terminou com uma previsão otimista para este ano e o próximo: Amorim aposta que a curva negativa do PIB brasileiro criada pela onda Trump/Obedrecht vai virar para cima ainda neste semestre.
O mercado global está de olho no Brasil e, apesar do PIB brasileiro só ter ficado à frente da Venezuela entre os países das Américas entre os anos de 2011 e 2016, as projeções são favoráveis e o setor imobiliário deverá ser o maior beneficiado no processo de retomada. Por consequência, a indústria moveleira também. “A cada dólar colocado no mercado nos últimos dois anos, 72 centavos vieram de países emergentes. O mundo está voltado para esse cenário que tem quatro principais países na linha de frente, a meu ver: Brasil, China, Índia e Indonésia. Organizações que busquem ser líderes globais estão mirando esses mercados”, conclui.
Contextualizando com uma série de gráficos os movimentos pendulares da economia brasileira nas últimas três décadas, Ricardo Amorim afirmou que as taxas básicas de juros devem cair pela metade e que isso representa um altíssimo potencial para o setor imobiliário no Brasil. Antes disso, contudo, a expansão do crédito deverá impactar positivamente o varejo – e a venda de móveis para reforma da casa. “Estamos numa fase de oportunidades, que é exatamente quando ninguém acredita que o crescimento possa ser retomado. O Brasil vai voltar a falar em nova classe média, pois teremos entre 30 e 35 milhões de novos consumidores nos próximos dois anos”, prevê Amorim.
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