Matéria sobre palestra de Ricardo Amorim para o Sebrae Aracaju com o tema "Prosperar na Crise"

06/2016

Jornal da Cidade

 

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Os empreendedores sergipanos lotaram o Teatro Tobias Barreto em Aracaju para assistir à palestra do economista Ricardo Amorim sobre como Prosperar na Crise. Além dos empresários da capital, tinha gente de Lagarto, Estância, Nossa Senhora das Dores, Capela, Nossa Senhora da Glória, Itabaiana, Propriá e Neópolis, totalizando mais de mil pessoas e transformando o evento num sucesso.

 

Ricardo Amorim

 

É autor do livro “Depois da Tempestade”, apresentador do Manhattan Connection da GloboNews, presidente da RICAM Consultoria, o brasileiro mais influente no LinkedIn, único brasileiro na lista dos melhores e mais importantes palestrantes mundiais do Speakers Corner e o economista mais influente do Brasil segundo a revista Forbes. Durante a palestra, Ricardo Amorim falou sobre temas importantes como crescimento econômico, como prosperar na crise, empreendedorismo, crise política e econômica, desemprego e como sair da crise.

 

Para Amorim, a economia vai voltar a melhorar, isso vai acontecer, mas ninguém sabe exatamente quando. “Daqui a dois, três, quatro ou cinco anos, mas que vai voltar a acontecer é certeza, a gente já passou por várias outras crises e essa não será a última, ainda iremos passar por outras”, explica.

 

No que se refere à crise política e moral, o palestrante acha que é a razão do Brasil estar vivendo um momento tão difícil. “Por isso estamos vivendo uma crise econômica mais profunda. Pelo menos nos últimos 115 anos a gente nunca teve uma crise econômica tão profunda quanto essa. E porque ela foi tão profunda, porque está somando com a crise moral e política, ambas muito graves. O resultado foi que a economia despencou”, destaca.

 

Quando o assunto é empreendedorismo, Ricardo Amorim acha que aquele cidadão que perdeu o emprego, vai empreender porque não está achando outra opção e está vendo isso como uma solução temporária não tem problema nenhum. Ou se está disposto a ter toda a disposição necessária para ter sucesso depois, também não tem problema nenhum. “Mas se a pessoa está achando que agora vai ser dono do próprio nariz, faço o que quero agora porque agora não sou empregado de ninguém e acha que vai ser mais fácil, essa pessoa vai se iludir. É aí que não pode entrar, porque além de se iludir, pode perder dinheiro ou ficar numa situação ainda mais complicada do que já estava”, alerta.

 

O economista acha que é possível prosperar, mesmo com o desemprego em alta, mas é primordial que as empresas controlem com unhas e dentes o seu caixa, pois dinheiro nessa hora vale ouro, ficou raro. Outro ponto destacado pelo palestrante foi a necessidade dos empreendimentos melhorarem seus produtos, o atendimento, o serviço. “As empresas que não conseguirem fazer isso, algumas vão ficar no meio do caminho. Aquelas que sobreviverem, uma vez que a economia volta a melhorar, são as que vão conseguir crescer mais. Um empreendimento que tinha 12 funcionários e hoje tem três, talvez passe a ter 50 funcionários daqui a dois, três, quatro, cinco ou seis anos”.

 

Ricardo Amorim finalizou a palestra acreditando que haverá bonança depois da tempestade. “Estudei o que aconteceu em todas as grandes recessões brasileiras nos últimos 115 anos e em todas elas a gente teve, na sequência, um crescimento econômico por pelo menos três anos de até 6% ao ano. Tenho poucas dúvidas de que a bonança virá, o que tenho mais dúvida é quando ela começa. Sei que ela começa assim que a confiança for retomada, assim que o ajuste fiscal for feito, mas o ajuste fiscal depende da aprovação do Congresso. Primordialmente duas medidas, gastos públicos e reforma da previdência, como as duas são brigas boas, não sei qual será o tempo que levará para isso acontecer. Mas quando acontecer, as coisas vão melhorar rapidamente”.

 
 

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