A melhor hora para inovar e prosperar é na crise

09/2015

Agência Sebrae de Notícias

Por: Danielle Cristine

 

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Foto: Erica Dalbello

 

Salvador – “Fortuna nunca é feita quando as coisas estão fáceis”. Assim o economista Ricardo Amorim lembrou, em megapalestra da Semana de Capacitação Empresarial, nesta segunda-feira, 21, que a crise pode ser uma oportunidade para os empresários baianos. Reunindo mais de 650 pessoas, o evento marcou a abertura da semana realizada pelo Sebrae, que acontece até o dia 26, no Fiesta Convention Center, em Salvador. Em todo o estado, são mais de 50 municípios participantes, com 24 mil vagas.

 

Após apresentar um panorama da economia brasileira, analisando suas implicações no ambiente dos negócios, Amorim destacou que os empreendedores devem estar atentos ao momento certo de agir. Segundo dados apresentados pelo economista, o principal fator para o sucesso de uma nova empresa é o timing (42%), ou seja, aproveitar a hora certa. Em seguida, vêm a execução (32%), a ideia (28%) e o modelo de negócio (24%).

 

Segundo Amorim, o cenário que o Brasil vive é um desses momentos-chave para as empresas. “Quando as coisas estão complicadas, se você tem um produto melhor e um atendimento bom, consegue passar por esse momento e o seu concorrente fica no caminho”, ressaltou o economista. “As grandes chances de ganhar dinheiro só existem por causa da crise”, completou.

 

Como exemplo, ele destacou o Uber, aplicativo que conecta o usuário a motoristas particulares e que nasceu em 2009, de uma ideia na qual poucos acreditavam. No entanto, o momento difícil em que o aplicativo foi lançado transformou a realidade do negócio. “Veio a crise de 2008 e 2009 nos Estados Unidos e muitos decidiram oferecer os seus carros como transporte”, contou Amorim, ao lembrar que, passados seis anos, a empresa vale R$ 100 bilhões.
 
Apesar dos desafios econômicos atuais, o palestrante frisou que o país, assim como os demais emergentes, ainda tem grandes condições de crescimento. “O Brasil e os emergentes têm mais uns 30 anos favoráveis”, defendeu.

 

Além do cenário brasileiro, ele também analisou a realidade do Nordeste, a terceira região que mais cresce, atrás do Centro-Oeste e do Norte. Enquanto a indústria, mais presente nas regiões Sul e Sudeste, segue em retração, o agronegócio mantém os estados do norte do Brasil mais fortes, sobretudo no interior. “Faz 15 anos que no Brasil inteiro as cidades que mais crescem são as do interior”, disse.

 
 

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