12/2014
Acervo pessoal
É mais provável que o governo Dilma 2, a partir do próximo dia primeiro, dê uma guinada mais à direita do que à esquerda. As dificuldades de 2015 – inflação alta, pressões políticas decorrentes do escândalo na Petrobras e o risco de racionamento de energia no Sudeste – são os fatores que levam o economista Ricardo Amorim a acreditar nessa possibilidade. “Para o setor privado voltar a investir e reanimar o consumo, é necessário um choque de confiança na economia, com corte de gastos do governo. Isso desagradará uma parte do eleitor que reelegeu Dilma, mas agradará integralmente o que não a apoiou”, afirmou durante o Food Conections.
Agradar a todos
Com o corte nos gastos públicos, já no início do segundo mandato, Dilma sinalizaria cumprimento das mudanças prometidas durante a campanha eleitoral. “Menos gastos com pessoal e manutenção da maquina governamental significará abertura de espaço para reduzir a carga tributária e mais dinheiro para investir em infraestrutura; menos endividamento do governo e juros menores que vão ajudar o financiamento de longo prazo”, argumentou Amorim. Para ele, esse círculo virtuoso beneficiaria também o eleitorado de Dilma.