Matéria sobre palestra de Ricardo Amorim em convenção da Unale.

Gazeta do Oeste
06/2012
Por Cristiano Xavier

 
Economista fala no Legislativo sobre potencialidade do Brasil
 
Até 2022 o Brasil chegará a uma renda per capita maior do que a que os Estados Unidos têm atualmente. Bastam que os próximos dez anos sejam iguais à última década. Chegou a nossa vez de dar certo.
 
O prognóstico é do conferencista Ricardo Amorim, durante palestra na XVI Conferência da Unale. O economista traçou um panorama da economia mundial nos últimos dez anos e afirmou que o Brasil, “apesar de si mesmo”, ficou mais rico, gerando oportunidades e está em vantagem sobre vários países desenvolvidos, com uma perspectiva a médio e longo prazo excelentes para a sua economia, ao contrário da maioria dos países ricos. O apesar “de si mesmo” a que o consultor se refere é: apesar de um sistema de saúde que efetivamente não salva; apesar do excesso de burocracia e de graves problemas associados à questão da corrupção: “Apesar dos seus problemas, o Brasil está condenado a dar certo, a crescer. E se nós formos capazes de resolver os problemas com agilidade, esse crescimento vai se acelerar”, disse.
 
Ricardo Amorim deu vários exemplos de como o País vive um bom momento, tem perspectivas ainda mais animadoras para os próximos anos, mas precisa fazer o dever de casa, entre outras lições investindo na qualificação profissional, notadamente no setor educacional, sob pena de precisar importar talentos para empregar mão-de-obra nos muitos investimentos no setor privado que deverão surgir em diversas partes do país. Com o pré sal, multiplicou por sete as reservas que podem ser exploradas. O agronegócio foi citado como um dos negócios mais promissores: há dez anos as cidades do interior dos estados crescem mais do que as capitais. E as regiões mais pobres ascendem mais do que as mais ricas. “O que está acontecendo no Brasil por regiões é a mesma coisa do que no resto do mundo, onde os países pobres crescem mais do que os ricos, porque tivemos uma mudança de valores”, afirmou.
 
Enquanto apontava diversos indicadores do bom momento por que passa o país, como o fato de ser a terceira economia que mais cresceu no planeta, o consultor foi taxativo ao apontar soluções que precisam ser adotadas com agilidade, para o Brasil não se perca nos seus próprios problemas. Se por um lado aparece no ranking mundial como o quarto maior mercado de automóveis, por outro ainda não construiu estradas no mesmo ritmo. “Todos os investimentos tem que ser mais ágeis e as decisões também para não atrasar os projetos, mas tomando cuidado com questões como a preservação ambiental”, advertiu.

LinkedIn
Facebook
Twitter

Relacionados