Ricardo Amorim destaca as oportunidades para a avicultura brasileira

05/2018
Revista Feed & Food
Por Jéssica Nascimento

 

 

Superar desafios é o que a avicultura brasileira mais tem feito nos últimos anos. Foi essa determinação que permitiu o setor conquistar seu espaço no mercado internacional como o terceiro maior produtor mundial de carne de frango, produzindo mais de 12 milhões de toneladas anualmente. E para continuar garantindo a presença do produto avícola do Brasil na mesa de consumidores pelos cinco continentes, o setor precisa se renovar constantemente de modo a aumentar a eficiência produtiva para atender as demandas globais.

 

Apesar das dificuldades continuarem existindo na atividade, o economista Ricardo Amorim, presidente da Ricam Consultoria, espera melhoras significativas para os negócios nos próximos anos. Isso porque o Brasil sempre viveu momentos de crescimento econômico depois de grandes crises, sendo o mínimo de 5% nas últimas décadas. “No ano passado o país cresceu duas vezes mais que o previsto. Se o ritmo continuar o mesmo, neste ano deverá crescer 4%. Não há o que impeça o Brasil de crescer. Já estamos colocando a casa em ordem, recuperando o consumo”, frisa.

 

Sobre o poder de aquisição, Amorim destacou o retorno do fenômeno da nova classe média, que ocorreu mundialmente em 2014, o que implicará no aumento do consumo de carne de frango. “Nos últimos 15 anos, a renda per capita global quintuplicou. Mais do que isso, a cada U$ 4 excedentes, U$ 3 foram gerados por países emergentes, como China, Indonésia e Brasil. Regiões que aumentam o consumo de alimentos, principalmente de proteína animal, ao elevar seu poder aquisitivo”, destaca. E para atender a essa demanda, o país conta com 40% da área mundial disponível para plantio, o equivalente ao território de 33 países europeus.

 

Considerando todos esses fatores, o economista destaca que o Brasil possui as melhores oportunidades para a avicultura. “Estamos na hora certa, pois nunca se gerou tanta riqueza como nos últimos 15 anos. No lugar certo, já que são nos países emergentes que esse crescimento vem ocorrendo. E no setor certo, considerando que a demanda por proteína animal tem aumentado significativamente”, frisa. Agora, acrescenta Amorim, basta identificar o que é preciso fazer de diferente para se fortalecer na atividade, pois cada um cria sua oportunidade, seja melhorando o produto, os processos, buscando novos mercados ou inovando. “Nenhum resultado é alcançado sem muito esforço e trabalho. Tem que fazer acontecer”, afirma.

 

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