02/2024
Por Ricardo Amorim
Imagine comprar seu sonhado apartamento. Você determina quanto pode dar de entrada e financia o restante, digamos que R$200 mil, por 30 anos. Quanto vai ficar sua prestação mensal? Depende muito da taxa de juros.
Com uma taxa de juros de 12%, a prestação é de pouco mais de R$2.556. À medida que os juros caem, a prestação também cai, chegando a R$1.722, com juros de 7%. Pequenas oscilações da taxa de juros têm grande impacto em financiamentos de longo prazo.
Para conseguir um financiamento com uma prestação de R$2.556, uma família precisa ganhar pelo menos R$8.520 por mês. Ganhando menos do que isso, o banco recusa o financiamento porque a família teria dificuldades de pagá-lo. Com a queda da prestação para R$1.722, a renda mínima necessária diminui para R$5.740. Com a queda da renda mínima para conseguir o financiamento, o dobro de famílias podem, agora, comprar aquele apartamento.
Esse efeito não fortalece só o setor imobiliário, mas toda a economia. Operários, corretores e outros profissionais beneficiados pela expansão imobiliária agora têm mais renda. Isso gera um ciclo virtuoso: mais empregos, mais consumo, e um impacto positivo na economia como um todo.
Ricardo Amorim, autor do bestseller Depois da Tempestade, o economista mais influente do Brasil segundo a revista Forbes, o brasileiro mais influente no LinkedIn, único brasileiro entre os melhores palestrantes mundiais do Speakers Corner, ganhador do prêmio Os + Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças, presidente da Ricam Consultoria e cofundador da Smartrips.co e da AAA Plataforma de Inovação.
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