08/2013
Por Alex Ricciardi
Ricardo Amorim
CONSULTOR ECONÔMICO, PALESTRANTE
“Não siga a manada”: esse é o primeiro conselho dado por uma das melhores mentes da economia brasileira diante da questão “O que fazer para enriquecer?”. Mas o que Ricardo Amorim quer dizer com isso?
“Via de regra os melhores investimentos são aqueles que as pessoas mais têm medo de fazer – e eles são assim exatamente porque, devido à pouca procura, aquela ação ou aquele ativo acaba ficando barato diante de sua lucratividade potencial”, explica ele. O contrário também é verdadeiro, frisa Amorim: quando todos correm para uma mesma aplicação, ela se sobrevaloriza a ponto de comprometer o retorno que trará. Outro de seus insights a respeito também vai contra o senso comum: “A ideia, muito disseminada, de que ações são sempre um bom investimento no longo prazo é falsa. Pode-se perder na bolsa, mesmo deixando ali seu dinheiro por muito tempo”. Um exemplo? “Quem colocou 100 ienes na bolsa de Tóquio em 1991, quando do auge da bolha de ações no Japão, e deixou este valor lá tem, hoje – após duas décadas nas quais a economia japonesa permaneceu estagnada – a quantia de 22 ienes.” Quais lições tirar disso tudo? “O futuro é muito mais importante que o passado quando você vai decidir onde colocar seus recursos; e o futuro só pode ser calculado, com alguma margem de acerto, após exaustiva análise.” Ele próprio, por sinal, é um exemplo de aplicação de tal regra na própria carreira. Amorim atua no mercado financeiro desde 1992 e participa do programa Manhattan Connection, na Globo News, desde 2003. Em breve sua empresa pretende lançar um serviço de orientação para pequenos e médios investidores. Afinal, ele tem feito clientes enriquecerem há anos com suas orientações; chegou a hora de levá-las a mais gente. Aguardemos!