Lifestyle Magazine
09/2013
Por Carolina França
RICARDO AMORIM
MAIS CONHECIDO COMO UM DOS APRESENTADORES DO MANHATTAN CONNECTION, DA GLOBO NEWS, O ECONOMISTA FALA DE SUA TRAJETÓRIA DE SUCESSO COMO CONSULTOR E DE COMO QUASE SE TORNOU NADADOR PROFISSIONAL
Quem vê Ricardo Amorim arriscando previsões otimistas ou nem tanto sobre o cenário econômico mundial, não imagina que esse jovem de cabelos grisalhos quase se tornou nadador profissional em um passado não muito distante. Apaixonado por esportes, o economista flertou com a natação durante a adolescência. “Eu me esforçava muito e consegui impressionar o meu técnico quando morei nos Estados Unidos. Fui convidado para treinar com os melhores do mundo daquela época”, afirma. Mas apesar do elogio, decidiu voltar para o Brasil: “Voltei e toquei minha vida”. Formado em Economia pela USP e pós-graduado em Administração e Finanças Internacionais pela ESSEC de Paris, Amorim trabalha há 20 anos no mercado financeiro – parte deles em Nova York – e acabou se especializando em países emergentes. Ficou conhecido fora das salas de reunião quando passou a integrar o time de apresentadores do Manhattan Connection, em 2003 – programa então exibido no GNT, atualmente no ar pelo canal Globo News. “Fui chamado para uma participação e dei sorte de os comentários que fiz terem sido assertivos. Recebi um novo convite que acabou se estendendo para minha permanência fixa”, conta. O paulistano ainda divide seu tempo entre sua empresa de consultoria e as palestras que dá aqui e no exterior, o que o ajuda a ter uma agenda bastante flexível, segundo ele, primordial para que possa participar ativamente da vida dos filhos. “Meu estilo de vida mudou completamente depois que eles nasceram, até porque eu fui pai tarde, aos 39 anos”, diz. E completa: “É a única experiência na vida em que existe um antes e um depois. Ter filhos foi um verdadeiro divisor de águas. Todo o resto na vida a gente coloca e ajusta, mas filho é transformacional”. Palavra de especialista, que reduziu as idas ao cinema, pelo qual é apaixonado, limitou as viagens de trabalho a no máximo cinco dias, e passou a incluir na agenda reuniões de pais na escola – além de levar as crianças ao parque, hábito adquirido quando a família tinha o Central Park como quintal. O único compromisso do qual não abre mão é namorar a mulher, a modelo Fernanda Brandão. “Nos conhecemos por intermédio de uma amiga e fomos tomar um café. Tive vários preconceitos nos primeiros minutos pois, obviamente, ela era linda de morrer. Em meia hora de conversa todos caíram por terra e eu estava apaixonado”, relembra ele, que tira lição de tudo na vida. “Só me arrependo das coisas que não faço”.