Rafael Maia
20/01/2011
Direto de São Paulo
Para editor da Wired UK, 1 vale mais do que 100 na internet
O editor especial da Wired UK, Ben Hammersly, participou de um debate reservado a poucos jornalistas na manhã desta quinta-feira, na Campus Party Brasil, com o diretor executivo da Telefônica, Vladimir Barbieri; Leila Loria, da área de relações institucionais da Telefônica e Ricardo Amorim, apresentador do Manhattan Connection, do canal Globo News. Para Hammersly, as startups representam o futuro dos negócios e as grandes corporações enfrentam um sério problema ao não entenderem que, na internet, uma só pessoa pode valer mais do que centenas juntas.
A ideia de Hammersly é clara: as inovações que impulsionam a humanidade têm o centro instalado nas pequenas empresas, que não sofrem com grandes processos administrativos sufocantes e não são contaminadas por fatores mercadológicos profundos. “As pessoas mais inteligentes, como as que estão aqui, não querem trabalhar em grandes companhias. Aliás, elas não querem um emprego, elas querem trabalhar para alcançar soluções. Essa é a motivação delas, há uma grande diferença”, falou.
Para o editor, o pensamento que prevalece nas grandes empresas é antigo, aquele em que o funcionário entra aos 20 anos, faz uma carreira de 40, compra um relógio de ouro. “Isso não funciona mais. Os jovens, hoje, não fazem planos a longo prazo. Eles pensam no máximo em seis meses no futuro. No meu caso, por exemplo, todos os trabalhos que eu tive não existiam 3 anos antes de eu assumi-los”, falou.
Hammersly pediu para que se tentasse ficar no lugar do jovem e se buscasse achar um motivo pelo qual ele acharia benéfico vender sua startup. Ele citou o exemplo do Delicious, comprado pelo Yahoo! e recentemente tido como encerrado pela empresa. “Ao longo de cinco anos, as plataformas de funcionamento do Delicious se fundiram com o Yahoo!, perdendo sua identidade e sendo sufocadas até o fechamento”.
O contraponto ao pensamento do editor foi feito por Ricardo Amorim, que afirmou que a questão pode se tratar de um grande paradoxo. Ao mesmo tempo em que as grandes corporações deveriam, de fato, assumir a inovação como carro-chefe, existe o fato de que alguém precisa fazer o trabalho não-pensante, por exemplo. “Pegando o exemplo da Apple, os aparelhos são feitos por um monte de chineses que não necessariamente são inovadores”, opinou. O grande desafio, neste cenário, é combinar fatores de inovação com as tendências do mercado, que não necessariamente refletem e absorvem a necessidade da maior parte da população.
Outro ponto levantado na discussão foi o da relevância que o usuário ganha na internet, forçando as empresas a investirem cada vez mais em canais de comunicação e em inovações que elevem a qualidade dos produtos sem que o preço final aumente. “As empresas hoje estão mais expostas. A única maneira de construir uma boa reputação, hoje, é construir um produto bom e jamais mentir, porque as pessoas têm a informação muito rápido”, afirmou Amorim.
Ao final, quando Hammersly sugeriu que o marketing está morto e que foi completamente mudado pelo novo modelo a partir da internet, Amorim não deixou escapar a piada. “Recentemente a Wired UK fez uma capa em que dizia que a web estava morta. Agora você falou que o marketing está morto. Eu não tinha certeza, mas agora eu sei que você é um assassino nato”, brincou.
O editor especial da Wired UK, Ben Hammersly, participou de um debate reservado a poucos jornalistas na manhã desta quinta-feira, na Campus Party Brasil, com o diretor executivo da Telefônica, Vladimir Barbieri; Leila Loria, da área de relações institucionais da Telefônica e Ricardo Amorim, apresentador do Manhattan Connection, do canal Globo News. Para Hammersly, as startups representam o futuro dos negócios e as grandes corporações enfrentam um sério problema ao não entenderem que, na internet, uma só pessoa pode valer mais do que centenas juntas.
A ideia de Hammersly é clara: as inovações que impulsionam a humanidade têm o centro instalado nas pequenas empresas, que não sofrem com grandes processos administrativos sufocantes e não são contaminadas por fatores mercadológicos profundos. “As pessoas mais inteligentes, como as que estão aqui, não querem trabalhar em grandes companhias. Aliás, elas não querem um emprego, elas querem trabalhar para alcançar soluções. Essa é a motivação delas, há uma grande diferença”, falou.
Para o editor, o pensamento que prevalece nas grandes empresas é antigo, aquele em que o funcionário entra aos 20 anos, faz uma carreira de 40, compra um relógio de ouro. “Isso não funciona mais. Os jovens, hoje, não fazem planos a longo prazo. Eles pensam no máximo em seis meses no futuro. No meu caso, por exemplo, todos os trabalhos que eu tive não existiam 3 anos antes de eu assumi-los”, falou.
Hammersly pediu para que se tentasse ficar no lugar do jovem e se buscasse achar um motivo pelo qual ele acharia benéfico vender sua startup. Ele citou o exemplo do Delicious, comprado pelo Yahoo! e recentemente tido como encerrado pela empresa. “Ao longo de cinco anos, as plataformas de funcionamento do Delicious se fundiram com o Yahoo!, perdendo sua identidade e sendo sufocadas até o fechamento”.
O contraponto ao pensamento do editor foi feito por Ricardo Amorim, que afirmou que a questão pode se tratar de um grande paradoxo. Ao mesmo tempo em que as grandes corporações deveriam, de fato, assumir a inovação como carro-chefe, existe o fato de que alguém precisa fazer o trabalho não-pensante, por exemplo. “Pegando o exemplo da Apple, os aparelhos são feitos por um monte de chineses que não necessariamente são inovadores”, opinou. O grande desafio, neste cenário, é combinar fatores de inovação com as tendências do mercado, que não necessariamente refletem e absorvem a necessidade da maior parte da população.
Outro ponto levantado na discussão foi o da relevância que o usuário ganha na internet, forçando as empresas a investirem cada vez mais em canais de comunicação e em inovações que elevem a qualidade dos produtos sem que o preço final aumente. “As empresas hoje estão mais expostas. A única maneira de construir uma boa reputação, hoje, é construir um produto bom e jamais mentir, porque as pessoas têm a informação muito rápido”, afirmou Amorim.
Ao final, quando Hammersly sugeriu que o marketing está morto e que foi completamente mudado pelo novo modelo a partir da internet, Amorim não deixou escapar a piada. “Recentemente a Wired UK fez uma capa em que dizia que a web estava morta. Agora você falou que o marketing está morto. Eu não tinha certeza, mas agora eu sei que você é um assassino nato”, brincou.