Jornal O Vale
São José dos Campos
Ao mesmo tempo em que a China estabelece suas bases no Brasil, o país também amplia suas exportações de insumos para o oriente, segundo o economista Ricardo Amorim, da Ricam Consultoria Empresarial.
“A China é um país grande e pobre e que passa pelo fenômeno de migração de habitantes do campo para os centros urbanos. Quanto mais gente nas cidades, menos plantações. Por isso, o Brasil tem o mercado chinês como seu principal comprador”, disse Amorim.
Ao mesmo tempo, a nação asiática se tornou o principal investidor estrangeiro em 2010, com US$ 11 bilhões em negócios com brasileiros. “O Brasil é o quarto maior comprador de automóveis do mundo (atrás da China, EUA e Japão) e está em crescimento. Naturalmente há o interesse de corporações estrangeiras”, afirmou o economista.
Made in China.
O mercado asiático também está no foco dos brasileiros.
Exemplo disso é a Embraer, que há 10 anos estabeleceu uma joint-venture (a Harbin-Embraer) para a fabricação de jatos regionais ERJ-145.
Com previsão de entrega da última aeronave no primeiro semestre de 2011, a empresa de São José dos Campos negocia com o governo chinês novos contratos e a inclusão de novos modelos para não encerrar as atividades no país. Segundo a Embraer, este processo segue em negociação.