Entrevista do economista Ricardo Amorim sobre cenário econômico global e oportunidades e riscos no Brasil.

 
Giro- Denise Covas- Papo com… Ricardo Amorim
Atualizado em 10 de dezembro de 2010
 
 
 
Aos 39 anos, Ricardo Amorim trabalha no mercado financeiro como economista e estrategista de investimentos. Morou oito ano nos Estados Unidos. Com visão de futuro, há dois anos resolveu voltar e apostar no Brasil. Para ele, o momento é um dos melhores do País, que tende apenas a crescer e se desenvolver. Sua ligação com Santos é forte. Passava as férias com os avós, quando moravam em na Cidade. Três eram santistas. No momento, Ricardo também participa do programa semanal Manhattan Connection, transmitido no Brasil pelo canal pago GNT, da Globosat.
Panorama brasileiro
Chegou a hora do Brasil. O país, neste momento, está condenado a dar certo e nós, brasileiros, precisamos acreditar e investir nisso para nos desenvolvermos e crescer. Os outros países já têm esta visão. E o crescimento deve ser ainda maior para as empresas de serviço e varejo. Não quer dizer que a indústria não irá crescer. Ela também participará de todo o desenvolvimento, mas, até por conta da desvalorização do dólar, tende a não crescer tanto. O País já está inserido nos principais mercados mundiais. A Volkswagem, por exemplo, vende mais carro aqui do que na Alemanha. E marcas brasileiras já são responsáveis pela compra de empresas internacionais.
Economia regional
Da mesma forma que o País está em sua melhor fase, Santos e toda a região metropolitana também terá um desenvolvimento considerável, principalmente, por conta da energia do petróleo e gás.
Imóveis
Os preços dos imóveis ainda não atingiram seus níveis mais altos, inclusive em Santos. Ainda deverão subir pelo menos nos próximos três ou quatro anos, sem risco imediato de bolha no mercado imobiliário. Condições de financiamento, com crédito barato, contribuem com este aumento. Quem não tem dinheiro à vista, parcela. É o que acontece também no setor de veículos.
Perspectivas globais
A tendência mundial para os próximos 10 anos é vermos um crescimento grande em países em desenvolvimento. Enquanto os já desenvolvidos tendem a não crescer tanto. Porém, uma dica é essencial: é preciso ficar atento para a crise na Europa. Os países, um a um, estão sendo atingidos pela crise financeira. E o Brasil, quando ela estourar, não ficará fora dela. Os empresários devem ficar atentos aos noticiários, se prepararem para agir de maneira inteligente e não se desesperarem. São nestes momentos que fazemos nossos melhores negócios. Algo que não deve durar mais de seis meses, assim como foi a crise de 2008.
Pesquisa e inovação
Nesta área, o Brasil ainda tem muito a investir e crescer. A educação é algo que precisa passar por um processo grande. Este deve ser um dos pilares para que o desenvolvimento seja por completo. Mas já começamos a ver uma mudança de comportamento e de investimentos nestas áreas.
Dica de livro
Para os que não gostam de economia, indico Super Freakonomics, de Stephen Levitt. Este é para quem tem medo, para quem realmente não gosta e não consegue ver o quanto a economia está em tudo. É uma leitura leve. Já para quem pretende entender outras questões, que o Brasil é a grande aposta do mercado, indico ler o livro que lançarei no próximo ano. Ainda não tem nome, mas se tivesse que nomeá-lo agora seria: Por que o Brasil está praticamente condenado a dar certo?
Hobby
Adoro mergulhar. Sempre venho a Bertioga, na Riviera, para passar finais de semana. Na última vez fui mergulhar na laje de Santos. Mas se tivesse que falar um local preferido de mergulho, entre todos que já fui, aponto Fernando de Noronha.
Esporte
Sempre gostei de exercícios físicos. Nos Estados Unidos, cheguei a participar do time de natação. Gustavo Borges era meu freguês (risos). Também pratiquei badminton, no qual ganhei torneio de consolação sul-americano.
Viagens
Adoro viajar. Já conheci 75 países. Recomendo a Turquia. A cultura é maravilhosa, além de ser muito parecida com o Brasil. 
Por Nara Assunção
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