Crescimento de países emergentes favorece o Brasil.

 

Crescimento de países emergentes favorece o Brasil, diz Ricardo Amorim

Jamille Menezes

24/09/2010

 
Para o economista Ricardo Amorim, presidente da Ricam Consultoria e apresentador do programa Manhattan Connection, a mudança que está acontecendo na economia mundial favorece cada vez mais o Brasil, que se tornou fornecedor de commodities para atender o consumo dos países emergentes como China e Índia.

Segundo Amorim, não só o fornecimento de matéria prima beneficia o Brasil, como o próprio crescimento destes países favorece o nosso consumo interno. “Atualmente quase tudo é fabricado na china, que é um país que tem muita oferta de mão de obra, o que faz com o que o custo seja baixo e a produção mundial seja transferida para lá. Desta forma, o custo de produção cai e o preço dos produtos também”, explica.
Com produtos mais baratos caem inflação, juros e aumenta o consumo. “O efeito disso é que já começou uma mudança do eixo de consumo que joga a nosso favor e como o desenvolvimento destes países deve levar mais algumas décadas, esse mundo vai ser favorável pra gente por um período bastante longo, diz Amorim”.
Com todo este consumo interno, o Brasil tornou-se também um país atraente para a abertura de empresas. Segundo Amorim, as empresas, sejam elas nacionais ou estrangeiras, estão ganhando mais dinheiro no Brasil do que no exterior.
“Atualmente, a Fiat vende mais automóveis aqui do que na Itália, a Volkswagen vende mais aqui do que na Alemanha, para a Unilever o Brasil é o segundo mercado do mundo, para Avon ele é o primeiro”, cita como exemplos. Ou seja, de acordo com ele, apesar de sermos mercados emergentes e menores, estamos crescendo mais e gerando mais lucros. É onde acontece a virada no consumo.
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