Portal Clica Tribuna
07/2012
Por Rodrigo Medeiros
BRASIL ESTÁ CONDENADO AO SUCESSO, DIZ RICARDO AMORIM
O estilo “economista sem economês e com bom humor” de Ricardo Amorim, como ele mesmo se define no Twitter, atraiu centenas de pessoas ao Criciúma Clube na noite desta segunda-feira.
De início, Amorim elencou carências do Brasil, como os sistemas de ensino e de saúde deficientes, infraestrutura decrépita, carga tributária, burocracia e corrupção. Em seguida, surpreendeu repetindo que o país está condenado, mas a crescer.
O otimismo do economista está baseado em fatores econômicos que colocam o Brasil em vantagem em relação aos outros países, em especial os desenvolvidos. “Na última Copa do Mundo, nós tínhamos 22 dos 23 jogadores da seleção atuando no exterior. Eu disse, na época, que na competição de 2014 o Brasil teria a maioria dos atletas atuando aqui. Chamaram-me de louco, mas agora estamos vendo isso se concretizar. Não só os nossos melhores atletas estão aqui como estamos importando bons jogadores, como Seedorf e Forlan”, ilustrou.
País em situação favorável
Amorim estendeu essa comparação ao mercado de trabalho como um todo e citou uma situação que, anos atrás, pareceria impossível. “Hoje nós temos imigrante ilegal no Brasil. Quando iríamos imaginar que um imigrante ilegal iria quer vir para cá?”, afirmou, arrancando risos dos presentes.
Na avaliação do colunista de economia da IstoÉ, o Brasil está em uma situação confortável porque as commodities – que o país tem e exporta em abundância – estão caras, os produtos industrializados importados estão baratos, os juros estão em queda e há mais oportunidades de trabalho nos países emergentes, que fazem com que os talentos não queiram emigrar. “Hoje o Brasil até pode fracassar, mas para isso nós teríamos que errar muito mais do que erramos no passado”, resumiu.
Depois da palestra, a atriz global e cantora Leilah Moreno fez um show durante o jantar servido aos que assistiram à palestra. Ela cantou divas nacionais e internacionais e fechou o evento, que obteve o apoio do jornal A Tribuna, com chave de ouro.