Em Curitiba, Ricardo Amorim desfaz mitos sobre a economia mundial em palestra para empreendedoras.

 
Ricardo Amorim deu uma aula de economia para as participantes do Líder Mulher –Programa Internacional para a Formação de Lideranças, uma solução do Sebrae/PR que tem como objetivo desenvolver e ampliar a influência transformadora das líderes empresariais no cenário socioeconômico paranaense. Presidente da Ricam Consultoria, o economista, conhecido nacionalmente e internacionalmente por ser apresentador do Manhattan Connection, programa de economia exibido pela GNT, e por ser o âncora do Economia e Negócios, programa veiculado pela Rede Eldorado, falou na última quinta-feira, dia 15, para uma plateia de quase 100 mulheres na sede do Sebrae/PR em Curitiba.Ricardo Amorim abriu sua apresentação propondo-se a cumprir três desafios: mostrar às participantes por que o atual momento é tão favorável para se empreender no Brasil, mudar a forma das futuras líderes de enxergar o País e mostrar as oportunidades. Na sua análise, os países ricos vão deixar de dominar a economia mundial. “Estado Unidos e as nações europeias não são mais fontes de solidez na economia mundial. Essas economias estão permeadas por crises, o que eleva sua fragilidade. Fatores como a reversão da fuga de cérebros, déficit fiscal e comercial, endividamento do setor público e dos consumidores deixam esses sistemas financeiros fragilizados”, explicou o economista.
Para ajudar a desfazer o mito da economia mundial, Ricardo Amorim fez uma comparação entre Estados Unidos e Brasil. “As empresas americanas e europeias estão sendo compradas por empresas brasileiras. Isso aconteceu com o Lehman Brothers, Bank Boston, UBS (maior banco da Suíça) e Swift. A Ambev é hoje a maior cervejaria do mundo. As empresas brasileiras viraram predadoras”, afirmou.  O economista mostrou que os países emergentes têm produzido inovação. É dessas economias que surgiram tecnologias como flex-fuel, biocombustíveis e exploração marítima profunda de petróleo. Em 2020, as maiores economias do mundo serão: China, Estados Unidos, índia, Japão e Brasil.Para Ricardo Amorim, ocorreu uma mudança do eixo de consumo no mundo, o que impacta na necessidade de produtos e serviços. Ele nota que os brasileiros que moram no exterior estão voltando para casa e que os americanos estão aceitando ofertas de emprego no Brasil. Há 13 anos, observa o economista, o salário mínimo sobe mais que a inflação, gerando maior poder de compra das classes baixas. Para Ricardo Amorim, o dólar subirá nos próximos seis ou nove meses, mas cairá depois desse período. O economista aconselhou as empreendedoras do Líder Mulher a atentarem para o fato de que, nos próximos anos, os municípios do interior vão crescer mais que as grandes cidades, e isso trará bons negócios. “No início da década ‘nota 10’, o crescimento global será liderado pela Ásia e pelos países emergentes, inclusive o Brasil. O dólar permanecerá estável. O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro será superior a 6% ao ano em 2010. Haverá um novo boom das commodities, exportações, renda agrícola, além do aumento do consumo de massa”, prevê o economista. O cenário para 2011, segundo Ricardo Amorim, será bastante positivo. “A previsão para o ano que vem é de forte recuo dos juros ao consumidor. O crescimento liberado por consumo doméstico aumentará a importância das micro e pequenas empresas na economia brasileira. O acesso ao crédito e o crescimento do setor de serviços, no qual as mulheres de destacam, são grandes oportunidades”, pontuou.
Ao final da conferência, Ricardo Amorim disse que seu papel “é antecipar cenários para que a empreendedores façam seus negócios crescer. Usem a crise ao seu favor”, incentivou .
O Líder Mulher prevê, até outubro, quatro encontros regionais, todos em Curitiba; um encontro internacional, a ser realizado em Foz do Iguaçu, nos dias 17 e 18 de junho deste ano; e duas missões internacionais, uma para a América Latina, na segunda quinzena de junho, e outra para a Europa, na primeira quinzena de outubro, com destinos ainda não definidos. A carga horária dos encontros mensais, programados para as quintas-feiras, à tarde e à noite, e para as sextas-feiras, o dia todo, totaliza 16 horas.
Durante o Líder Mulher, as lideranças femininas paranaenses discutem diversos temas, dentre os quais a economia mundial em transformação, convergência e divergências entre o desenvolvimento econômico e social, sistema político brasileiro, a dinâmica da mudança organizacional num mundo plano, o tripé liderança-poder-influência, os desafios da inserção das pequenas empresas, sustentabilidade, melhores práticas de governança corporativa, ética e condição feminina nas organizações.
Saiba mais sobre o evento aqui.

[17-04-2010]

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