20/05/2011
Por Bruno Mello
O Brasil que inspira. A China é aqui
Passado, presente e futuro das empresas no país
A primeira frase do título deste post é o título da palestra do economista Ricardo Amorim no evento Inspiração 2011, realizado neste mês em São Paulo. Já o segundo período foi destacado da apresentação de Amorim, a mais inspiradora e intrigante do evento, que reuniu mais de 400 pessoas. De acordo com o consultor, as empresas brasileiras precisam fazer apenas o básico para dar certo. O motivo? A maré, que durante anos esteve contra, agora está a favor do país.
O mundo mudou muito mais do que conseguimos ver, aponta o economista. Nesta transformação, o maior nível de consumo passou dos países ricos para os emergentes. As fontes de riquezas também. Hoje, as commodities estão mais valorizadas que a tecnologia. Segundo Amorim, enquanto nos últimos dez anos uma TV de tela fina caiu de preço, o barril do petróleo ganhou valor. E onde está hoje uma das maiores reservas globais de petróleo? “Vivemos em um mundo de crise nos países ricos e de oportunidade nos emergentes”, aponta o economista.
Jogadores de futebol, modelos, altos executivos e até mão de obra especializada que iam para os Estados Unidos, Europa e Japão em busca de melhores oportunidades hoje fazem o caminho de volta. O risco da alta da inflação pode ser menos problemático do que uma crise ainda mais profunda nos países ricos. Ainda assim, a indústria continuará batendo recordes de produção e o varejo multiplicando suas vendas. Mesmo fazendo o básico, é preciso se transformar.
Varejo continua tendo importância
“Diante da digitalização do processo de compra e do constante crescimento do comércio eletrônico, o varejo tradicional continuará a ter importância”, afirma Brian Dyches, diretor geral da Iconic Tonic e presidente do Retail Design Institute. A própria tecnologia será responsável por conquistar mais consumidores no ponto de venda. Casos de sucesso como o da Diesel, que possibilita que o comprador compartilhe nas redes sociais a roupa que está provando, mostram isso. É a tendência do social commerce.
O desafio está em decifrar a cabeça das pessoas, cada vez mais inconstantes. Ora desejando uma coisa, ora outra, de forma complemente diferente. O caminho para fugir deste beco sem saída quem dá é Marc Gobé, que propõe marcas emocionais. O especialista sugere que as empresas criem marcas e produtos mais humanos e que dialoguem com as pessoas.
Roberto da Matta, outro participante do Inspiração 2011, dá importantes dicas para as empresas que ainda trabalham como se estivessem no século XIX ao falar sobre os rituais. Para o antropólogo, temos que dar mais atenção à surpresa, uma vez que os sentimentos surgem de situações cotidianas. Isso quer dizer que uma marca que não promove nada de diferente dificilmente surpreenderá o seu cliente.
Como pessoas, lembramos sempre das primeiras vezes e das últimas vezes. O primeiro beijo, a morte. O mesmo acontece com produtos. Se desejamos um, lembramos quando compráramos e quando ele deu defeito. O meio, entre a primeira e última vez, está vazio porque entra no lugar comum e as empresas não mantêm relacionamento com seus clientes. O caminho é transformar a rotina em prazer.
A primeira frase do título deste post é o título da palestra do economista Ricardo Amorim no evento Inspiração 2011, realizado neste mês em São Paulo. Já o segundo período foi destacado da apresentação de Amorim, a mais inspiradora e intrigante do evento, que reuniu mais de 400 pessoas. De acordo com o consultor, as empresas brasileiras precisam fazer apenas o básico para dar certo. O motivo? A maré, que durante anos esteve contra, agora está a favor do país.
O mundo mudou muito mais do que conseguimos ver, aponta o economista. Nesta transformação, o maior nível de consumo passou dos países ricos para os emergentes. As fontes de riquezas também. Hoje, as commodities estão mais valorizadas que a tecnologia. Segundo Amorim, enquanto nos últimos dez anos uma TV de tela fina caiu de preço, o barril do petróleo ganhou valor. E onde está hoje uma das maiores reservas globais de petróleo? “Vivemos em um mundo de crise nos países ricos e de oportunidade nos emergentes”, aponta o economista.
Jogadores de futebol, modelos, altos executivos e até mão de obra especializada que iam para os Estados Unidos, Europa e Japão em busca de melhores oportunidades hoje fazem o caminho de volta. O risco da alta da inflação pode ser menos problemático do que uma crise ainda mais profunda nos países ricos. Ainda assim, a indústria continuará batendo recordes de produção e o varejo multiplicando suas vendas. Mesmo fazendo o básico, é preciso se transformar.
Varejo continua tendo importância
“Diante da digitalização do processo de compra e do constante crescimento do comércio eletrônico, o varejo tradicional continuará a ter importância”, afirma Brian Dyches, diretor geral da Iconic Tonic e presidente do Retail Design Institute. A própria tecnologia será responsável por conquistar mais consumidores no ponto de venda. Casos de sucesso como o da Diesel, que possibilita que o comprador compartilhe nas redes sociais a roupa que está provando, mostram isso. É a tendência do social commerce.
O desafio está em decifrar a cabeça das pessoas, cada vez mais inconstantes. Ora desejando uma coisa, ora outra, de forma complemente diferente. O caminho para fugir deste beco sem saída quem dá é Marc Gobé, que propõe marcas emocionais. O especialista sugere que as empresas criem marcas e produtos mais humanos e que dialoguem com as pessoas.
Roberto da Matta, outro participante do Inspiração 2011, dá importantes dicas para as empresas que ainda trabalham como se estivessem no século XIX ao falar sobre os rituais. Para o antropólogo, temos que dar mais atenção à surpresa, uma vez que os sentimentos surgem de situações cotidianas. Isso quer dizer que uma marca que não promove nada de diferente dificilmente surpreenderá o seu cliente.
Como pessoas, lembramos sempre das primeiras vezes e das últimas vezes. O primeiro beijo, a morte. O mesmo acontece com produtos. Se desejamos um, lembramos quando compráramos e quando ele deu defeito. O meio, entre a primeira e última vez, está vazio porque entra no lugar comum e as empresas não mantêm relacionamento com seus clientes. O caminho é transformar a rotina em prazer.