Jornal NH
Por Nicolle Frapiccini
Como está a sua expectativa para participar do Fórum?
Minha expectativa para participar do Fórum é altíssima. Voltar ao Vale do Rio Sinos e ao Rio Grande do Sul é sempre um grande prazer e, principalmente, para participar de um evento que promoverá bons debates a respeito do cenário econômico atual e de como podemos enxergar oportunidades na crise.
Quais assuntos o senhor pretende abordar em sua explanação?
Eu pretendo mostrar como o Brasil chegou à crise atual, como sair dela, por que estamos, provavelmente, mais próximos da recuperação do que a maioria acredita, por que a recuperação – quando começar – surpreenderá pela força e duração e quais as oportunidades para as empresas de região tanto durante a crise, como após o início da recuperação.
Qual é a importância da realização de um evento que debata o desenvolvimento regional?
Brutal. É óbvio que a região é muito impactada pelo que está acontecendo no resto do mundo e no Brasil, mas ela tem uma série de particularidades que criam desafios e oportunidades também específicos. Para os empresários locais, ignorar o cenário regional teria consequências negativas tão graves quanto ignorar o cenário nacional ou o internacional.
Em momentos conturbados na economia nacional, iniciativas desse tipo são ainda mais importantes e significativas?
Sem sombra de dúvidas. Recentemente, publiquei um artigo a respeito da falta de lideranças em que o país se encontra que, na minha opinião, é uma razão estrutural da atual crise que enfrentamos. Eventos como o Fórum são essenciais para reunir partes importantes da sociedade e possíveis lideranças para que sejam colocadas em discussão as pautas que levarão o país a retomar os trilhos. Discutir a construção do Brasil que queremos é ainda mais desafiador e necessário em momentos conturbados. Quando tudo caminha bem temos a falsa sensação de que não há problemas. O cenário revolto nos obriga a olhar com mais profundidade para o que precisamos melhorar e como podemos inovar, criar e se diferenciar.