11/2022
Por Ricardo Amorim
O ideal seria que Lula ainda estivesse preso pela corrupção comprovada e que a condenação não tivesse sido revertida, inclusive com o voto do juiz que Bolsonaro colocou no STF.
O ideal é que os juízes do STF não fossem indicados por políticos.
O ideal seria que Bolsonaro não tivesse aparelhado a Polícia Federal para bloquear investigações de corrupção envolvendo a sua família, que tivesse privatizado tudo e que tivesse reduzido o déficit público, ao invés de aumentá-lo.
O ideal seria que Lula não colocasse em dúvida seu compromisso com o equilíbrio fiscal, que é condição para o país crescer, gerar empregos, pagar melhores salários e ter recursos para bancar os gastos de governo, incluindo os programas sociais.
O ideal seria que os brasileiros nunca tivessem eleito Lula, nem Bolsonaro.
O ideal seria que houvesse surgido um líder capaz de unir o Brasil e os brasileiros, um líder que fortalecesse as instituições ao invés de fragilizá-las, que tivesse um projeto de redução do Estado, privatizações e combate à corrupção, gerando desenvolvimento e riqueza para todos os brasileiros.
Tudo isso seria ideal, mas não vivemos no Brasil ideal, vivemos no Brasil real.
No Brasil real, dada a situação em que estamos, não a que gostaríamos de estar, o melhor possível é minimamente resgatar as instituições, respeitando a democracia e o resultados das eleições.
O melhor possível é verificar cada informação que recebemos, principalmente aquelas poderiam ser verdade e que gostaríamos de acreditar que fossem. O melhor possível é parar de disseminar notícias falsas que nosso político de estimação tem interesse que disseminemos.
O melhor possível é cobrar e monitorar incessantemente o governo Lula, todos os governos estaduais e municipais, todos os senadores, deputados e vereadores, independentemente de partidos ou de ter votado neles ou não, a começar por cobrar de Lula um governo comprometido com o equilíbrio fiscal.
O melhor possível é não idolatrar nem defender nenhum político.
O melhor possível é pararmos de nos dividir e buscarmos nos unir.
O melhor possível é construir pontes e destruir muros entre a direita e a esquerda, entre o governo federal e os governos de estados e municípios, entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.
Não temos, e provavelmente nunca teremos o Brasil ideal, mas podemos ter o melhor Brasil possível partindo da situação onde estamos. Só depende de nós, de cada um de nós, de todos nós…juntos.
Ricardo Amorim, autor do bestseller Depois da Tempestade, o economista mais influente do Brasil segundo a revista Forbes, o brasileiro mais influente no LinkedIn, único brasileiro entre os melhores palestrantes mundiais do Speakers Corner, ganhador do prêmio Os + Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças, presidente da Ricam Consultoria e cofundador da Smartrips.co e da AAA Plataforma de Inovação.
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