Brasil: um futuro mais saudável.

REVISTA ENTRE NÓS – ABBOTT

EDIÇÃO 30

 30/04/2011

 
Brasil: um futuro mais saudável
Desde a virada do milênio, o centro de gravidade do crescimento mundial vem saindo dos Estados Unidos e Europa e indo em direção aos mercados emergentes. A crise financeira global intensificará, e muito, este processo nos próximos 10 anos.  Esta transformação alçou o Brasil a uma posição de liderança em razão de um forte crescimento na demanda de produtos em que somos muito competitivos, em particular no agronegócio, e um aumento significativo da renda e da oferta de crédito no país.
Em 2010, o crescimento do PIB foi o mais elevado dos últimos 25 anos. Este processo criará as melhores oportunidades de negócios da nossa história em vários setores, incluindo o farmacêutico, ao ampliar a demanda e o acesso a serviços médicos como nunca antes na história brasileira.
Redistribuição da renda = mais pacientes com acesso à saúde  
O Brasil se beneficiou do novo panorama mundial, fortalecendo suas contas externas, gerando condições para um crescimento sustentado e acelerado. Em 2010, o crescimento do PIB brasileiro foi superior a 7%. Na próxima década, a média de crescimento do país deve ser de cerca de 5% ao ano, o dobro da média dos últimos 30 anos.
Inflação sob controle, aumentos reais do salário mínimo e programas de distribuição de renda serão mantidos, expandindo a renda dos consumidores e regiões mais pobres do país, impulsionando o consumo de produtos de massa e permitindo que uma nova e enorme gama de pacientes tenha acesso a serviços e produtos médicos. Atualmente, só 20% dos brasileiros são cobertos por planos privados de saúde. Este número crescerá exponencialmente ao longo da década, principalmente no Norte, Nordeste e Centro Oeste, regiões hoje mais sub-atentidas.
Um cenário social e economicamente favorável
A forte expansão do crédito continuará nos próximos anos à medida que o dólar, a inflação e os juros voltem a cair. Somando-se a isso os impactos positivos da Copa do Mundo e das Olimpíadas, os setores imobiliário, automobilístico, de eletrodomésticos, eletroeletrônicos, moveleiro e de viagens terão, nos próximos anos, o melhor desempenho de toda sua história. Além disso, dólar em queda e crédito mais barato tornarão máquinas e medicamentos importados mais acessíveis a médicos e hospitais brasileiros, ajudando no crescimento do setor de saúde no país.
China e Índia, principais eixos do crescimento mundial atual e das próximas décadas, são países muito populosos, pobres e em estágio de migração de economias rurais para urbanas. Isso explica porque a demanda mundial por alimentos e matérias-primas explodiu e continuará em forte elevação nas próximas décadas. De 2001 a 2010, o superávit comercial do agronegócio brasileiro passou de US$ 10 bilhões a mais de US$ 60 bilhões. Com isso, o interior cresce mais do que as grandes cidades, criando novos mercados para produtos farmacêuticos.
Para completar, vale a pena citar ainda o gradual envelhecimento da população, que exigirá maior crescimento da oferta de produtos voltados à terceira idade: nos próximos 10 anos, a população acima de 65 anos aumentará em 10 milhões de pessoas, crescendo 60%.
O cenário está desenhado. Cabe ao setor da saúde desenhar as estratégias para aproveitá-lo de maneira sustentável.
Por Ricardo Amorim

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