03/2016
Embora ninguém tenha expectativa de que a economia brasileira possa ter uma recuperação muito forte com eventual troca de governo no país, essa é a projeção do economista e comentarista do programa Manhattan Connection, Ricardo Amorim. Ele esteve nesta terça-feira em Florianópolis onde fez palestra para a equipe da Secretaria de Estado da Fazenda no Encontro Fazendário e conversou com parlamentares na Assembleia Legislativa.
Para o economista, a saída da presidente Dilma Rousseff do Executivo nacional pode ser mais fácil por decisão judicial do que por impeachment no Congresso.
— No meu palpite pessoal, a decisão virá do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que impugnará a eleição da chapa Dilma e Michel Temer em função da forma como ocorreu o financiamento de campanha — afirmou Amorim.
Na avaliação dele, o país ficaria com um governo mais forte, um presidente recém- eleito que consegue apoio do Congresso para fazer o ajuste fiscal, garantir a retomada da confiança dos empresários, mais investimentos, mais consumo e mais empregos, enfim, colocaria a economia novamente num círculo virtuoso.
Sobre as reformas mais urgentes que o Brasil precisa aprovar, o economista inclui a da Previdência, tributária e administrativa. Esta última deve focar numa redução do tamanho da máquina pública. Com menos gastos públicos, será possível ajustar as contas e, quem sabe no futuro, reduzir a carga tributária, que é um pleito antigo dos contribuintes.
Caso Temer seja conduzido à presidência com possível apoio do PSDB, o economista vê mais dificuldades para a retomada do crescimento.
Amorim foi recebido pelo secretário da Fazenda, Antonio Gavazzoni, e almoçou na Assembleia Legislativa, onde teve como anfitrião o presidente Gelson Merisio. Sábado, o economista fará mais uma palestra em Florianópolis. Falará no Investidor de Sucesso Day, no Iguatemi, evento de finanças pessoais aberto a interessados mediante inscrição.