Ricardo Amorim abre 14º ECCI com visão otimista sobre a economia brasileira

27/10/2016

FAG

 
 
A 14ª edição do ECCI, Encontro Científico Cultural Interinstitucional, teve na abertura a presença do economista Ricardo Amorim. Ele, que é o único brasileiro na lista dos melhores palestrantes do mundo e o economista mais influente do Brasil, trouxe ao público de quase mil pessoas reunido no Anfiteatro da Reitoria do Centro Universitário FAG uma visão geral sobre o que fez o Brasil entrar na situação econômica em que está, porém, apontou caminhos para o que ele acredita ser a saída do momento difícil.
 
A desenvoltura do palestrante ficou evidente logo no início da fala. Antes da apresentação dele, a final do Concurso de Oratória aconteceu. Amorim pegou a folha que continha os temas tratados pelos oradores e, na hora, de improviso, montou um texto de otimismo aos participantes.
 
O otimismo se estendeu também à visão econômica. Explicando o “economês” de forma simples, ele trouxe uma série de gráficos, para demonstrar o que fez com que o Brasil chegasse ao ponto em que está, com desemprego, falta de crédito, entre outras questões. “O fator que trouxe o Brasil para este momento foi a falta de confiança, primeiro na Presidente Dilma e, por consequência, no que o país era capaz de oferecer. Isso virou um efeito cascata. Se o dono da empresa não confia que vai vender, ele reduz equipe, demite pessoas. Quem está desempregado consome menos, quem mantém o emprego tem medo de perdê-lo e prefere gastar menos. A bola de neve apenas cresce”, pontuou. Ele relata que em partes a crise foi provocada pelos problemas morais e políticos que o Brasil também enfrenta.
 
Ele cita pontos que prejudicaram a economia como o gasto com contas públicas, aceleração da inflação e contas externas. O economista lembra que resta o controle dos gastos do Governo para superar a crise e aponta a PEC 241 e a reforma da Previdência como alternativas para que isso ocorra. “Há uma campanha de desinformação em relação a essas mudanças, porém elas são necessárias. A PEC vai limitar os gastos públicos, portanto, vai cessar o crescimento da dívida pública e ‘arrumar a casa’ se for feita de maneira correta. Em relação à Previdência, a mudança na expectativa de vida e também a nova configuração das famílias com menos filhos exigem que a Reforma seja feita. O sistema não vai suportar como está”, comentou.
 
Segundo ele, apesar dessa situação, toda crise serve para trazer oportunidades. Motivou que os acadêmicos e futuros profissionais inovem, pensem em coisas novas e aproveitem o timing.  Amorim fez previsões otimistas e avalia que o próximo ano será de recuperação do país. “Eu estou convencido que o Brasil vai sair da crise muito antes do que as pessoas imaginam e também vai sair desse momento difícil com muito mais força do que as pessoas imaginam. O que precisa acontecer para que, de fato, a economia se recupere é as pessoas aproveitarem as oportunidades”, incentivou.
 
A palestra foi aproveitada até o último minuto, com questionamentos ao palestrante. Quem assistiu, aprovou. “A palestra me trouxe um grande esclarecimento sobre o momento atual do país. Foi incrível ouvir de quem tem propriedade e conhecimento no assunto mais falado e vivenciado nos últimos tempos: a crise. Ricardo Amorim trouxe a clareza que estava faltando e, com certeza, fez brilhar novamente nos meus olhos a esperança”, elogiou a acadêmica do 2º período de Psicologia, Helen Antunes.
 
O sucesso do primeiro dia demonstrou o cuidado que a comissão organizadora da Coopex, Coordenação de Pesquisa e Extensão, que realiza o evento teve com o Encontro. “Estamos trabalhando desde o ano passado para que este evento seja aproveitado ao máximo pelos nossos alunos e os visitantes”, falou a Coordenadora da Coopex, Aline Gurgacz Ferreira Meneghel.
 
 

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